O que o Rafale come no café da manhã?
Novas evidências confirmam que um piloto de caça francês “matou” o F-22 Raptor, um caça stealth, em um combate simulado.
O F-22 Raptor é supostamente o avião de guerra mais terrível e temível da história. Custando um quarto de bilhão de dólares por avião, essa maravilha tecnológica, que voa mais alto e mais rápido que seus adversários e evitando a detecção por radar. O Pentágono está contando com um pequeno número de Raptors – pouco mais de 180 unidades – para fazer frente aos números potencialmente maiores de aviões inimigos no futuro previsível. Cada duelo simulado que o F-22 perde prejudica os planos do Pentágono para o domínio do ar.
Além disso, os franceses ainda têm uma reputação totalmente imerecida nos círculos militares não franceses por incompetência no campo de batalha – uma baseada principalmente em uma má leitura da história da II Guerra Mundial.
A vitória francesa sobre o F-22 ocorreu em novembro de 2009. Um esquadrão de caças F-22 da 1º Fighter Wing da Força Aérea voou para Al Dhafra, nos Emirados Árabes Unidos, para treinar com o jato francês Rafale da Força Aérea e caças Typhoon da Royal Air Force britânica.
No mês seguinte, o Ministério francês da Defesa liberou partes do vídeo a partir de uma câmera para a frente de um Rafale mostrando um F-22 em uma posição de briga de desvantagem, o que implica o avião francês como vencedor em pelo menos uma rodada do combate simulado.
Mas os pilotos norte-americanos insistiram em dizer que seus aviões tinham saido invictos contra os franceses durante o exercício de Novembro – que, de fato, o F-22 tinha “derrubado” os Rafales em seis embates “one-on-one”. Cinco outras batalhas simuladas terminaram em empates e que a única derrota do Raptor havia sido para um Mirage 2000 dos Emirados.
Mas um vídeo postado por um site francês em 18 de junho provou que os americanos estavam mentindo – ou pelo menos a informação estava incorreta. O vídeo da câmera do Rafale mostra claramente o francês em uma boa posição para lançar um míssil Mica de guiagem infravermelha contra um F-22.
Para ser justo, no combate one-on-one é possível que o F-22 tenha iniciado mais lento e com menor altitude, a fim de permitir que o Rafale ganhe a vantagem para fins de treinamento. No entanto, o vídeo mostra que o Rafale, uma década mais velho e menos sofisticado, em comparação com o F-22, pode ser mais ou menos comparável ao Raptor ao manobrar em baixa velocidade durante um combate aproximado.
Mesmo antes da vitória dos Emirados e do francês em 2009, os americanos sabiam que o F-22 poderia ser batido, embora raramente mencionassem esse fato desconfortável. Durante o exercício aéreo de grande porte first-ever do Raptor em 2006, um F-16, da década de 1980, conseguiu “matar” um F-22. Um F/A-18 Growler, da Marinha, repetiu o feito em 2008 ou início de 2009.
“Não importa o quão mágico é o F-22, qualquer piloto pode cometer um erro”, admitiu o tenente-coronel Dirk Smith, comandante de um Raptor do esquadrão.
E o jogo de guerra de 2009 não seria o último a resultar em Raptors “mortos”. Em junho de 2012 um contingente de pilotos alemães (voando caças Typhoon) descobriu as melhores táticas para derrubar o F-22.
Durante um exercício de duas semanas no Alasca, oito embates mano-a-mano Typhoon versus F-22. “Nós estávamos empatados”, o major alemão Marc Gruene disse que a chave para pegar o Raptor “era chegar o mais próximo possível…e ficar lá. “Eles (os pilotos da USAF) não esperavam sermos tão agressivos”. Gruene disse que o Raptor é excelente em combate além do alcance visual, com sua alta velocidade e altitude, radar de alta tecnologia e mísseis de longo alcance. Mas, em um ritmo mais lento, aproximado – o que os pilotos chamam de “merge” – o mais pesado F-22 está em desvantagem. “Assim que você começa, com o Typhoon, não tem o que temer do F-22″, disse Gruene. Na verdade, em combate aproximado, nem com o velho F-16, com seus trinta anos de idade, com o “se arrastando” F-18 ou com um Rafale da década de 1990 – pilotado por um francês! Não há o que temer!
A implicação disso tudo para a USAF? De se preocupar, é claro, pois que os aviões rivais, chineses, russos e outros, também não precisam se preocupar com o principal jato da América…
FONTE: medium.com/war-is-boring – TRADUÇÃO e ADAPTAÇÃO: CAVOK
Link para o vídeo:
NOTA DO EDITOR: O Raptor é vítima do seu próprio tempo. A USAF está acostumada a ser temida só no fato do inimigo em pensar em lutar contra ela. Isso acaba gerando uma falsa sensação de superioridade. O Raptor parou. No papel, cada F-22 pode abater até seis inimigos. Se um é perdido, são seis inimigos poupados. Enquanto isso, fábricas russas e chinesas despejam mais e mais oponentes…
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